segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vinte e cinco... logo serão trinta e sabe-se lá até quando contarei, até onde a memória permitirá e a saúde e a sorte caminharão juntas.
Os tempos mudaram, prova disso é que com essa idade meu pai já era meu pai. Com menos que isso Álvares de Azevedo já comia grama pela raíz, porém deixara uma obra fantástica; Einstein já começava a esboçar a teoria da relatividade; Jimmi Hendrix já era um mago da guitarra... e por aí vai.
E eu? Eu nada. Nem um livro, nem uma árvore plantada, nem um filho que teoricamente é fácil de fazer, tão fácil que chega ser acidental algumas vezes (achar uma mãe decente é que complica). Enfim, são vinte e cinco anos de puro nada. Nada memorável ao menos.
Mas quer saber? É muito divertido! Na verdade não chegar à lugar nenhum é muito interessante. Visto que ninguém realmente chega e todos acabam do mesmo jeito. Nascendo sem pedir e morrendo sem querer. Feitos da vida são consequências, sejam boas ou ruins, mas apenas consequências.
Cena engraçada de ontem: Crianças correndo sem cansar e em nossa mesa bebíamos e reclamávamos de dores no corpo, sem energia nenhuma... é... o tempo passa mesmo.


Um Brinde!
Pro inferno com a obra prima
E me traga uma champagne
Brindemos ao nada!
Para lembrar que nada somos;
Ao frio do outono
Que nos mantém unidos à noite;
Ao acaso
Que foi quem nos juntou;
E à morte
Que dá valor à vida
Sentido ao amor
E nos entorpece em saudade!

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