sexta-feira, 23 de abril de 2010

Já faz um bom tempo este também...


Encontro com a garota de Ipanema

O fato ocorreu alguns dias atrás
Foi quando eu a conheci
Ela nem deve lembrar
Mas eu jamais esqueci.

Entendi o que o Tom já dizia
Mas fiquei sem saber o que falar
Pensei no Vinícius, e mais eu bebia
Foi então que voltei a fumar.

Era uma voz tão doce e um sorriso lindo
E eu cada vez mais quieto pra não estragar
Perto dela eu me sentia só um menino
Foi quando comigo ela veio falar

-Tem fogo?
-Tenho.

2 comentários:

  1. Adorei, adorei!
    Conversas bêbadas com cigarro sempre me agradam ;) Final perfeito.

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  2. Ale,
    Somos criadores de mundos e criadores de personas. Criamos mundos e personas como se fossemos eternos, mas a armadilha nos mostra que somos finitos (enquanto duração da memória que lembra e esquece). Estranha contradição de pequenos e impotentes deuses ante o infinito do Cosmos atemporal. Nossas personas vagam pelo mundo cênico que, ora criamos, ora nos são impostos. A pergunta é: Qual o persona que vivemos aqui e agora? O do criador ou da criatura?
    Albano

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