quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nuance

Já não ando mais em linha reta
pois descobri nas curvas a beleza da vida
Também não quero mais ser poeta
Perdi a rima, joguei-a num abismo
Chega de sentido ao vazio
Conformo-me como poeira
Vagando em uma pedra,
azul anil.

Que venham as pessoas erradas
por toda a experiência
Pois talvez não me reste nada
Além de um resumo em reticências
Porque eu, já não tenho mais lembranças
E vivo naquele que me conheceu
Assombrando vagamente com a ajuda de Morfeu


Um comentário:

  1. Não adianta forçarmos uma linha reta, vamos nos adaptar a vida, como água. Umas vezes jogamos palavras no abismo e outras vezes jogamos nós mesmos, atrás delas ou simplesmente para sentir um vento no rosto.
    Que venha a experiência, que venham pessoas 'erradas', que venham as 'certas' que dobraremos as esquinas ou atravessaremos as ruas para que possamos ficar com aquelas 'erradas', porque elas são mais divertidas. Que façamos da vida tudo o que ela é, vida, essência, música e amigos.

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